Mário Quintana
A vida são deveres, que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas…
Quando se vê, já é sexta-feira
Quando se vê, já é Natal ….
Quando se vê, já terminou o ano.
Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê, passaram-se 50 anos!
Agora, é tarde demais para ser reprovado…
Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho,
a casca dourada e inútil das horas…
Eu seguraria todos os meus amigos, que já não sei como e onde eles estão e diria: vocês são extremamente importantes para mim.
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo…
Dessa forma eu digo, não deixe de fazer algo que gosta devido a falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.
Mário de Miranda Quintana foi poeta, tradutor e jornalista. Nasceu em 30 de julho de 1906 em Alegrete (RS) e morreu em 5 de maio de 1994 em Porto Alegre (RS). Estudou as primeiras letras em sua cidade natal e, em 1919, mudando-se para Porto Alegre –onde ingressou no Colégio Militar–, publicou suas primeiras produções literárias. Trabalhou para a Editora Globo e depois na farmácia de seu pai. Fonte: Wikipédia
> Júlio Ottoboni é jornalista (MTb nº 22.118) desde 1985. Tem pós-graduação em jornalismo científico e atuou nos principais jornais e revistas do eixo São Paulo, Rio e Paraná. Nascido em São José dos Campos, estuda a obra e vida do poeta Cassiano Ricardo. É autor do livro “A Flauta Que Me Roubaram” e tem seus textos publicados em mais de uma dezena de livros, inclusive coletâneas internacionais.