Até o momento, a covid provocou 701.494 mortes no Brasil. Foto / Pixabay

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

Para a organização, vírus agora é “problema de saúde estabelecido e contínuo”; Ministério da Saúde declara que o anúncio “nada muda para o Brasil” e que cuidados devem continuar a ser tomados pela população

 

DA AGÊNCIA BRASIL*

Após mais de três anos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta sexta-feira (5) que a covid-19 não configura mais emergência em saúde pública de importância internacional. De acordo com a entidade, o vírus se classifica agora como “problema de saúde estabelecido e contínuo”.

O fim da emergência relacionada à doença, porém, não significa uma declaração oficial de fim da pandemia. Do mesmo modo que ocorreu com a Aids nos anos 70, a covid-19 continua a ter o status de pandemia, pois o regulamento sanitário criado pelos governos só permite que os cientistas anunciem o início de uma emergência global ou seu ponto final.

Desde março de 2020 o Comitê de Emergência do Regulamento Sanitário Internacional da OMS se reunia periodicamente para analisar o cenário global provocado pela doença. Durante a última sessão deliberativa, iniciada na quinta-feira (4), membros do comitê destacaram a tendência decrescente de mortes por covid-19 e o declínio nas hospitalizações e internações em UTIs causadas pelo vírus, além dos altos níveis de imunidade da população.

“Ontem, o comitê de emergência contra a covid-19 se reuniu pela 15ª vez e recomendou a mim que declarasse o fim da emergência em saúde pública de importância internacional. Aceitei a recomendação. Com grande esperança, declaro o fim da covid-19 como emergência sanitária global”, anunciou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

E completou: “Entretanto, isso não significa que a covid-19 chegou ao fim enquanto ameaça global de saúde. Na semana passada, a covid-19 clamava uma vida a cada três minutos –e essas são apenas as mortes das quais nós temos conhecimento”.

Dados da entidade indicam que 765,2 milhões de casos de covid-19 foram confirmados no planeta até o momento, com quase 7 milhões de mortes registradas. Ainda de acordo com a OMS, 13,3 bilhões de doses de vacinas contra a doença foram administradas em todo o mundo.

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No Brasil

A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, afirmou que o anúncio da OMS “nada muda para o Brasil” e que “as pessoas devem continuar a se vacinar porque o vírus Sars-Cov-2 continua em circulação”.

“É um dia histórico, mas temos que continuar seguindo as recomendações do Ministério da Saúde, nada muda nas nossas recomendações. Nós só chegamos neste momento por causa das vacinas, é fundamental que continuemos a nossa vacinação, que possamos continuar com nossos cuidados, principalmente com os mais vulneráveis”, disse a secretária.

Segundo dados do Ministério da Saúde, até o momento a covid-19 provocou 701.494 mortes no país, com 37.449.418 casos da doença notificados. Na semana passada foram registradas 279 mortes, sendo 83 no estado de São Paulo.

 

*Com edição do SuperBairro.

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