Patriani é multada por danos a rua em obra de drenagem

Construtora é responsável por obra de drenagem na rua José Francisco Alves, mas tem provocado danos ao pavimento e prejuízo ao trânsito; empresa diz que obra será concluída no final do mês

DA REDAÇÃO

A Prefeitura de São José dos Campos informou nesta semana que a construtora Patriani foi notificada e autuada pelos danos provocados no pavimento da rua José Francisco Alves, na Vila Ema, onde está erguendo o edifício Epic, um condomínio de 15 andares e 60 apartamentos. A autuação responsabiliza a empresa a recuperar a via pública.

Segundo nota da Prefeitura, o projeto aprovado obriga a construtora a “executar as obras de adequação do sistema de drenagem de águas pluviais para atender as necessidades do futuro condomínio”. Nesse caso, a obra consiste em fazer a ligação entre o prédio em construção e a rede de infraestrutura”.

Ainda segundo a nota, “as questões relacionadas à interface entre a construtora e as concessionárias devem ser verificadas diretamente com a empresa e as fornecedoras dos respectivos serviços (água, energia, gás, telefonia)”.

Trânsito prejudicado

A rua José Francisco Alves, que faz a ligação da avenida Heitor Villa-Lobos, na Vila Ema, com o Jardim Apolo II, tem sido prejudicada há meses com obras de infraestrutura. Até um vazamento de gás ocorreu no cruzamento entre ela e a rua Remo Cesaroni em razão dos serviços executados.

A primeira obra na rua foi executada pela Sabesp, que implantou em toda a sua extensão uma nova adutora de água para ligar as regiões sul e oeste da cidade. Quando a colocação da tubulação chegou ao cruzamento com a Remo Cesaroni, a rede da Comgas, concessionária de gás encanado, foi atingida. O incidente provocou a intervenção de equipes do Corpo de Bombeiros e levou a uma evacuação de moradores e comerciantes próximos ao local durante algumas horas.

Após o término dos serviços da adutora, a Sabesp providenciou a reposição do asfalto que foi afetado. Porém, logo em seguida, foi iniciado o serviço de readequação da rede de águas pluviais de responsabilidade da Patriani. Desse modo, o trecho entre a Remo Cesaroni e a avenida Heitor Villa-Lobos está, desde o início de fevereiro, com placas metálicas cobrindo o asfalto retirado, provocando prejuízo ao trânsito e incômodo aos moradores.

Patriani explica

Contatada pelo SuperBairro, a construtora Patriani respondeu que a obra que está sendo executada é relacionada à contrapartida pública determinada pela Prefeitura para a melhoria da drenagem da via com a finalidade de evitar possíveis pontos de alagamento.

A empresa negou que o serviço tenha relação com a rede de infraestrutura da rua. “As redes de água e esgoto que estão ligadas ao prédio não necessitam de serviços externos, pois a infraestrutura da Sabesp atende à demanda”, explicou, ressaltando que “as obras do empreendimento da Patriani estão contribuindo para o entorno, beneficiando, automaticamente, a comunidade”.

A construtora relatou que, por não ser uma atividade de sua especialidade, foi contratada uma empresa terceirizada, que enfrentou o problema da falta de informação sobre as redes de água, esgoto e gás que atravessam a rua. “O cadastramento das redes fornecido pela Prefeitura de São José dos Campos estava desatualizado, o que dificultou muito a execução dos serviços da contrapartida”, explicou.

Término em abril

Sobre o andamento do serviço no leito da rua, a Patriani disse que “as obras estão 75% realizadas. Estamos na fase de recomposição do passeio, guias e sarjetas, onde foram feitas novas bocas de lobo”. E concluiu que “em breve, a empresa contratada pela Patriani executará a pavimentação do trecho de nossa responsabilidade, onde passam as valas de drenagem. A previsão de conclusão é até 30 de abril”.

A construtora Patriani, que tem sede em Santo André, na Grande São Paulo, e mantém empreendimentos em várias cidades do país, lançou dois condomínios na mesma região de São José, um na rua Padre Rodolfo, na Vila Ema, já concluído, e outro na rua Ipiranga, no Jardim Maringá. A empresa informou ao SuperBairro que nos outros dois empreendimentos não houve necessidade de intervenções na infraestrutura viária.