Becker foi um empreendedor, investindo na agricultura, na pecuária e no início da industrialização joseense
DA REDAÇÃO
A primeira “novidade” quando se fala da Paulo Becker, a ligação entre as avenidas Nove de Julho e Adhemar de Barros, é que não se trata de uma “rua”, como todos se acostumaram a falar, mas de uma “avenida”.
Com suas extensões de um extremo e de outro, a avenida Paulo Becker também liga duas praças da região central, a Romão Gomes, na Vila Adyana, e a Melvin Jones, no Jardim São Dimas, já chegando na avenida Engº Francisco José Longo.
Como se vê, trata-se de uma avenida importante, dando nome a um personagem também importante na história da cidade. Paul Josef Becker, alemão naturalizado brasileiro, foi responsável, junto com seu irmão Max, por uma das primeiras indústrias do município, a Cerâmica Santa Lúcia, fundada em 1922 no Putim, na região sudeste.
Becker nasceu em 13 de março de 1879 na região da Wesfalia, Alemanha. Filho do farmacêutico alemão Heinrich Becker e de Elize Becker, Paul era o terceiro de uma família de cinco filhos.
Chegou ao Brasil em 1898, buscando o clima tropical para tratar-se do reumatismo que o castigava no frio europeu. Chegando ao país, procurou uma tia que morava em Taubaté, fixando-se na cidade. Logo naturalizou-se, adotando o nome Paulo.
Empreendedor
Depois de conhecer as fazendas de café da região, em 1900, Becker e a tia formaram uma sociedade e iniciaram uma lavoura em Jambeiro. Na década de 1920, sozinho, compra três propriedades em São José e muda-se para a cidade. Suas propriedades produzem café e eucalipto, além da criação de gado.
Em 1922, começa a funcionar a primeira cerâmica de São José dos Campos, a Santa Lúcia, que fabricava cerca de 100 mil telhas francesas, coloniais e paulistas por mês.
Sete filhos
Paulo Becker casou-se em 1907 com Jacynta Machado Monteiro. O casal teve sete filhos: Renato, Sylvio, Octavio, Paulo Oldegar, Walter, Elza e Aloysio.
O fazendeiro e industrial morreu em 2 de junho de 1945. Em 29 de dezembro de 1958, pela lei nº 590/1958, de autoria do Executivo no mandato do prefeito Elmano Ferreira Veloso, deu o nome a uma das vias da antiga zona sanatorial, hoje fazendo parte do centro expandido da cidade.