"Abrasileirando" os preços: gasolina, diesel e gás de cozinha ganham descontos da Petrobras. Foto / José Cruz/Agência Brasil

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

Empresa não se baseará mais no PPI (preço de paridade de importação) e anuncia valores mais baixos para diesel, gasolina e gás de cozinha

 

DA AGÊNCIA BRASIL*

A diretoria executiva da Petrobras aprovou na segunda-feira (15) sua estratégia comercial para definição de preços do diesel e da gasolina. A nova política encerra a subordinação dos valores ao preço de paridade de importação (PPI). A partir de agora, as referências de mercado serão o “custo alternativo do cliente” como prioridade e o valor marginal para a Petrobras.

Segundo a empresa, o custo alternativo do cliente contempla alternativas de suprimento por fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos substitutos. Já o custo marginal da Petrobras se baseia no custo das diversas alternativas para a empresa, entre elas a produção, importação e exportação do produto.

“Nosso modelo vai considerar a participação da Petrobras e o preço competitivo em cada mercado e região, a otimização dos nossos ativos de refino e a rentabilidade de maneira sustentável”, afirmou o diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Claudio Schlosser, segundo nota divulgada pela empresa.

Os reajustes continuarão sendo feitos sem uma periodicidade definida e, segundo a empresa, serão evitados repasses da volatilidade dos preços internacionais e do câmbio aos consumidores brasileiros.

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Queda de preços

Na manhã desta terça-feira (16), a Petrobras anunciou a redução em R$ 0,44 no litro do preço médio do diesel para as distribuidoras, que passará de R$ 3,46 para R$ 3,02. Já o preço médio da gasolina cairá R$ 0,40 por litro, passando de R$ 3,18 para R$ 2,78, valor pago pelas distribuidoras.

A Petrobras anunciou também uma redução de 21,3% no preço médio de venda do gás liquefeito de petróleo (GLP). A partir desta quarta-feira (17), a empresa venderá o botijão de 13 quilos de GLP às distribuidoras por um valor, em média, R$ 8,97 inferior ao atual. Se as distribuidoras repassarem a economia integralmente ao consumidor final, o botijão poderá chegar às residências pelo preço médio de R$ 99,87.

Em nota, a Petrobras destacou que o valor cobrado do consumidor final nos postos é afetado por outros fatores, como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda.

“A Petrobras recupera sua liberdade de estabelecer preços. Nos alforriamos de um único e exclusivo fator, que era a paridade”, afirmou à imprensa, em Brasília, o presidente da empresa, Jean Paul Prates.

“Era hora de abrasileirar os preços dos combustíveis”, avaliou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

 

Entenda a nova política de preços da Petrobras

 

 *Com edição do Superbairro.

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