Foto / Lance notícias.com.br/Reprodução

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

Acho até que já avançamos um pouquinho no combate à violência contra os animais, mas ainda falta muito. E como escrevo uma coluna semanal sobre pets, jamais poderia ficar de fora da campanha Abril Laranja, voltada para a conscientização daqueles que insistem em tratar animais como “coisas”, e não como um ser vivo que sente dor, fome e tem sentimentos. É o mês da prevenção contra a crueldade animal.

Já passou da hora de nos identificarmos com o lado bom da vida, com o bem, e isso inclui os animais. Jamais vamos ter um mundo melhor, mais humano, achando que a violência contra os animais é uma banalidade. Não é.

No Brasil, maltratar um animal é crime previsto em lei. A pena para quem for condenado vai de dois a cinco anos de prisão, além do pagamento de multa e inclusão do nome no registro de antecedente criminal.

Isso inibe um pouco os maus-tratos, mas ainda está longe –muito longe– de acabar. As redes sociais, de certa forma, são fortes aliadas da causa, principalmente quando se trata de denunciar agressões aos pobres bichinhos.

Apesar da ignorância e total falta de humanidade em alguns casos expostos em vídeos e fotos nas redes (alguns nem consigo ver), não se pode negar que isso colabora para que providências sejam tomadas em prol do animal em sofrimento, e para punir o agressor.

Todos contra a crueldade animal. Foto / Bruno Ganem SP/ Facebook

“Vamos pra cima”

Eu, particularmente, adoro assistir aos vídeos do deputado e delegado Bruno Lima quando vai resgatar animais em situação de maus-tratos. Óbvio que melhor seria se não precisasse disso, mas como ainda existem muitas pessoas que agem na base da ignorância com os animais, acho justo que elas sejam expostas ao máximo; e os animais recolhidos para um lar onde terão chance de conhecer o respeito.

Com ele não tem conversa, é cadeia para maus-tratos e pronto. Foto / Delegado Bruno Lima/Facebook

O que dá mais raiva quando assisto a esses resgastes é ver a pessoa denunciada negando tudo, se “fazendo de morta”. Mas o delegado Bruno não tem muita paciência com gente desse tipo, até porque ele sempre tem provas da agressão, geralmente um vídeo que ele faz questão de mostrar ao agressor.

Já assisti a vídeos de resgate em que ele vai pra cima, fala um monte, e desmonta o sujeito. Não vou mentir que sinto um certo prazer em ver a pessoa sendo colocada no seu devido lugar e, melhor ainda, acomodada dentro de um camburão. E sinto alívio em saber que o animal vai sair daquele inferno. Geralmente, no final do vídeo, o delegado fala: mais um resgate feito e vamos pra cima. E aí eu respondo mentalmente: Vamos!

Além de Bruno Lima, o estado de São Paulo conta ainda com Bruno Ganem, outro deputado que atua junto à causa animal.  Não podemos negar que os “brunos” estão fazendo um bom trabalho, não só por atuarem diretamente –às vezes pessoalmente– no resgate de animais maltratados, como também fazendo proposituras (e muitas) voltadas para coibir os maus-tratos e promover o bem-estar animal.

Bruno Ganem, por exemplo, é autor do projeto, que virou lei, proibindo a soltura de fogos com estampidos em todo o estado. E apesar de muitos ignorarem isso, a lei existe e quem sabe um dia a ficha cai.

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E recentemente uma emenda destinada pelo deputado Bruno Lima ao Instituto de Criminalística permitiu a criação de uma equipe especializada em perícia de crime de maus-tratos, algo inédito no país. A equipe foi totalmente aparelhada para esse trabalho, o que vai possibilitar o aperfeiçoamento de provas técnicas contra os crimes de maus-tratos. Vai ser tipo uma equipe “CSI” atuando na causa animal. Legal né?

Enfim, nós temos muitos anjos protetores que se desdobram para doar o seu melhor aos animais em situação de maus-tratos, sejam eles cachorros, gatos, cavalos, bois, búfalas, girafas. Não interessa tamanho, raça, nada. Se estiver em sofrimento, lá vão eles em socorro.

Eu, humildemente, procuro colaborar com essa causa escrevendo sobre o mundo animal na tentativa de –quem sabe– despertar o respeito das pessoas pelos bichos. Se conseguir que isso aconteça ao menos com uma única pessoa, pode acreditar que eu ficarei imensamente feliz.

E vamos fazer parte da conscientização do Abril Laranja. Saiba que você também pode ser a voz de um animal em sofrimento, então não ignore esse apelo…

Adote

> Edna Petri é jornalista (MTb nº 13.654) há 39 anos e pós-graduada em Comunicação e Marketing. Mora na Vila Ema há 20 anos, ama os animais e adora falar sobre eles.

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