Quando setembro vier, não o do filme, mas o da vida, tudo será melhor, espero.
Quando setembro vier, o inverno se vai, chega a primavera, um encanto, mas não tanto.
Quando setembro vier, agosto terá ido, mês de flores, não desgosto.
Quando setembro vier, novas ilusões, ao menos uma para disfarçar a pena de viver, no dizer do poeta.
Quando setembro vier, todos os dias serão melhores, prometo fazer a minha parte, em parte.
Quando setembro vier, novas esperanças, novos dramas e desafios, eu confio.
Quando setembro vier, estarei com o coração cheio de perdão e amor para dar, assim como no samba.
Quando setembro vier, só um pensamento terei: gratidão aos meus benfeitores desde longo tempo, infinita a Deus.
Quando setembro vier, transformarei pequenos momentos em grandes acontecimentos, felicidade a varejo.
Quando setembro vier, rezarei mais, pelos meus, pela humanidade, santa e pecadora, eu incluso.
Quando setembro vier, que minha fraca pena se ilumine, servindo às letras e aos irmãos, leitores corajosos.
Quando setembro vier, espero ser mais sortudo e que a Roda da Fortuna favoreça ao menos meu sofrido e popular time.
Quando setembro vier, farei novos planos de viagem, sonharei com a viagem dos sonhos.
Quando setembro vier −não sei se digo−, será meu aniversário, talvez por isso goste tanto dele, não sei.
> José Roberto Fourniol Rebello é formado em direito. Atuou como juiz em comarcas cíveis e criminais em várias comarcas do estado de São Paulo. Nascido em São Paulo, vive em São José dos Campos desde 1964, atualmente no Jardim Esplanada. Participou do movimento cultural nascido no município na década de 60.