Às vésperas de uma nova Copa do Mundo, um retorno à conquista de 2002. Foto / Divulgação

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

Num período em que a Nação se vê tão dividida, será que a seleção brasileira de futebol ainda tem a capacidade de reunir amigos e famílias politicamente antagônicas? Creio –e espero– que sim! Fico surpresa ao ver, em plena era digital, distribuídos por diferentes pontos da cidade, grupos (de adultos e crianças, diga-se de passagem…) em busca de figurinhas para completar seus álbuns de jogadores.

As reportagens já mostram a grande produção de bandeiras e camisetas, empresas e repartições públicas negociam eventuais folgas nos dias de jogo do Brasil e, em paralelo, é crescente a venda de pacotes de viagem para o Catar. No país do futebol, o clima já é de Copa!

Aproveitando essas poucas semanas até o pontapé inicial, a Netflix lançou o documentário “Brasil 2002 – Os Bastidores do Penta”, dirigido por Luís Ara (“Para Sempre Chape(coense)”, “A Magia dos Andes”, “A vida de Togo”) e a participação de estrelas do futebol, como Ronaldo (Fenômeno), Ronaldinho (Gaúcho), Roberto Carlos, Cafu, Luizão, Vampeta, Denilson, Rivaldo e Juninho Paulista.

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Percorremos aqueles sombrios momentos que antecederam a derrota do Brasil na Copa de 1998, com depoimentos do próprio Ronaldo e outros jogadores que presenciaram seu mal súbito naquele fatídico dia em que a nossa afamada seleção perdeu para a França. E para mostrar os bastidores do grupo quatro anos depois, o diretor Ara traz cenas do trabalho de Felipe Scolari –que necessitava a dose certa de técnica, tática e confiança para que aqueles homens acreditassem que era possível ao grupo superar o trauma da Copa anterior. E conseguiram!

Os 92 minutos desse documentário têm a mescla perfeita entre cenas de jogos mais importantes, lesões de alguns atletas, depoimentos recentes de adversários como Marc Wilmots (Bélgica), David Beckham (Inglaterra), o reconhecimento da superioridade do time brasileiro pelo goleiro alemão Oliver Khan, sem amenizar erros de arbitragem ao entrevistar o juiz italiano Pierluigi Collina.

Tudo isso passando pela cumplicidade dos jogadores brasileiros, o clima de samba e alegria no ônibus que transportava a Seleção (e nos hotéis que os hospedavam), além do vínculo criado entre eles, que até hoje mantêm um Grupo de WhatsApp para trocar informações sobre suas vidas. Se você gosta de futebol, assista, relembre e deixe a emoção rolar… E se você não curte o esporte, sugiro que também assista, pois há boas lições sobre superação!

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Série

‘O Resgate na Caverna Tailandesa’

Momentos dramáticos em seis episódios nesta série do Netflix. Foto / Divulgação

23 de junho de 2018. Era para ser apenas um passeio do time de futebol Wild Boars com seu treinador, depois do jogo, mas uma forte chuva em Chiang Rai mudou o curso dessa história, cujo desfecho teve o mundo por testemunha. Foram dias intermináveis para os 13 garotos que estavam sem comida, presos dentro de uma caverna no norte da Tailândia, mas que conseguiram ser resgatados pouco a pouco por uma missão que envolveu milhares de soldados, policiais e quase 100 mergulhadores tailandeses e estrangeiros.

Cineastas da Tailândia e de outros países foram reunidos nesta produção da Netflix para desenhar os fatos que antecederam a tragédia e para que as vítimas e seus familiares contassem os detalhes, com gravação em seus locais originais (na residência dos meninos e na caverna Tham Luang).

A série foi desenvolvida com foco no depoimento dos pais, da população e de pessoas que fizeram parte do resgate. Em seis episódios, conquistou assinantes e em menos de um mês desde o seu lançamento já superou outros grandes sucessos do streaming. Reúna as crianças e capriche na pipoca!

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> Tila Pinski é jornalista (MTb 13.418/SP), redatora e revisora de textos, coordenadora editorial e roteirista. Cinéfila, reside há dez anos na Vila Ema.

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