Mário Quintana
A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são 6 horas: há tempo…
Quando se vê, já é 6ª-feira…
Quando se vê, passaram 60 anos!
Agora, é tarde demais para ser reprovado…
E se me dessem –um dia– uma outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio
seguia sempre em frente…
E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.
Mário de Miranda Quintana foi poeta, tradutor e jornalista. Nasceu em 30 de julho de 1906 em Alegrete (RS) e morreu em 5 de maio de 1994 em Porto Alegre (RS). Estudou as primeiras letras em sua cidade natal e, em 1919, mudando-se para Porto Alegre –onde ingressou no Colégio Militar–, publicou suas primeiras produções literárias. Trabalhou para a Editora Globo e depois na farmácia de seu pai. Fonte: Wikipédia

> Júlio Ottoboni é jornalista (MTb nº 22.118) desde 1985. Tem pós-graduação em jornalismo científico e atuou nos principais jornais e revistas do eixo São Paulo, Rio e Paraná. Nascido em São José dos Campos, estuda a obra e vida do poeta Cassiano Ricardo. É autor do livro “A Flauta Que Me Roubaram” e tem seus textos publicados em mais de uma dezena de livros, inclusive coletâneas internacionais.
