Célia Castilho, moradora no Jardim Maringá: "a reposição é fundamental". Foto / SuperBairro 
Prefeitura disse que laudo técnico autorizou a supressão, mas não apresentou o documento ao SuperBairro
DA REDAÇÃO
A supressão da árvore que existia na esquina entre as avenidas Nove de Julho e Heitor Villa-Lobos, no Jardim Apolo, foi feita, segundo a Secretaria de Manutenção da Cidade (SMC), da Prefeitura de São José dos Campos, porque ela estava condenada.
Acionada pelo SuperBairro, a SMC respondeu que a árvore, um alfeneiro, foi suprimida no início do mês “conforme autorização por meio de laudo emitido pela equipe técnica” e que a destoca será executada ainda nesta semana.
Na resposta, a SMC informou também que, “por questões técnicas e operacionais, é inviável plantar muda de outra árvore no mesmo local”, mas “a compensação da árvore suprimida será realizada na região, aproveitando o início da primavera, que é a estação mais propícia para o plantio devido às chuvas”.
Quanto à divulgação do laudo que autorizou a supressão, solicitada pelo SuperBairro, a assessoria de comunicação da SMC respondeu que “o laudo não é disponibilizado”.
Corte após poda
Por volta do dia 10 de julho, o SuperBairro já havia noticiado a poda da mesma árvore. O corte dos galhos principais foi feito de forma radical, indicando que não iriam mais crescer, o que significou uma espécie de “supressão” de mais da metade da árvore.
Na época, a SMC respondeu que “as podas foram realizadas pela concessionária EDP para a liberação de fiação primária, a fim de evitar problemas na rede de transmissão de energia”.
Consultada, a assessoria de imprensa da EDP Energia respondeu que “a EDP está verificando o caso em questão e adotará medidas cabíveis conforme necessidade”. Acrescentou que “a companhia realiza o trabalho de poda apenas quando a vegetação tem impacto na rede da distribuidora”.
População lamenta
Na última terça-feira (21), Dia da Árvore, as pessoas passavam apressadas pelo local e poucas haviam notado a supressão. Ouvidas pelo SuperBairro, duas moradoras lamentaram a retirada do alfeneiro.
“Acho que é um descaso com a população, porque precisamos de mais árvores, e não acabar com as que existem. Precisamos de áreas de sombra nas calçadas”, disse Heloiza Ruiz, moradora na Vila Ema.
Célia Castilho, do Jardim Maringá, moradora há sete anos a cerca de 200 metros do local, observou que a supressão “pode ser justificada pela questão da fiação elétrica”, mas lamentou a perda de mais uma árvore na região. “Não vejo ninguém plantar árvores por aqui, a reposição é fundamental.”
O SuperBairro vai acompanhar a compensação de plantio de mudas na região, conforme informou a Prefeitura.
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