Foto / Henrique Macedo/Arquivo pessoal

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

No último sábado fizemos um show no Teatro Municipal de São José dos Campos (sou baixista do Benoit Decharneux Jazz Quartet), na programação da Fundação Cultural Cassiano Ricardo.

A apresentação foi transmitida online no canal do YouTube da FCCR (está disponível pra quem quiser assistir). Tudo muito bom, som, iluminação, apoio, camarim. Triste é ver as 485 cadeiras do teatro vazias. Triste é terminar de tocar uma música empolgante, com solos bacanas dos meus amigos de palco e… nada. Nem um aplauso. A sensação é muito estranha.

Nestes quase dois anos de pandemia, pesquisei como poderia tocar online com outros músicos e acabei montando até uma banda virtual. Foi –e ainda é– uma ótima opção para não ficar em casa tocando sozinho, sem interagir com outros músicos. Porém, chega um momento que é preciso voltar a ensaiar e se apresentar ao vivo, presencialmente.

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Com o avanço da vacinação e o relaxamento de algumas regras, a música ao vivo começa a retornar em alguns bares, restaurantes e casas de show. Isso é um alento para todos, músicos e público. Afinal, ninguém aguenta mais esse confinamento –pelo menos os que seguem rigorosamente os protocolos de distanciamento e outras medidas.

Agora é bola pra frente, ou melhor, mãos nos instrumentos, para voltar a ter contato com o público. Afinal, é chato terminar de tocar e ninguém aplaudir ou pedir bis.

 

> Henrique Macedo é jornalista (MTb nº 29.028) e músico. Mora há 40 anos na Vila Ema.

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