Rodoanel: paralisadas desde 2018, obras do trecho norte serão retomadas por um consórcio privado. Foto / Apelmat/Reprodução 
Paralisada desde 2018, a obra do trecho norte será retomada pelo consórcio privado vencedor do leilão aberto pelo governo estadual; a previsão é que o trecho de 44 quilômetros entre em operação em 2026
DA REDAÇÃO
A obrigação de construir o trecho norte do Rodoanel foi repassada à iniciativa privada pelo Governo de São Paulo na terça-feira (14). O lote foi arrematado pela Via Appia FIP Infraestrutura, que terá a concessão dos serviços de operação e manutenção e poderá explorar o sistema pelo prazo de 31 anos.
O trecho norte, que teve as obras paralisadas em 2018, terá 44 quilômetros de extensão no eixo principal, com três ou quatro faixas de rolamento por sentido, passando pelos municípios de São Paulo, Arujá e Guarulhos. Com a conclusão, o Rodoanel passará a contar com 175 quilômetros de extensão.
A população e a economia da RMVale serão beneficiadas com uma opção às marginais Tietê e Pinheiros para atingir as regiões leste e norte da Capital, além das rodovias Fernão Dias e Bandeirantes.
O projeto está orçado em R$ 3,4 bilhões. O consórcio Via Appia ficará responsável por aplicar R$ 2 bilhões na finalização das obras civis, além de mais R$ 323,4 milhões na implantação de projetos auxiliares. O Governo de São Paulo deverá aplicar outros R$ 1,07 bilhão.
Além disso, o consórcio deverá investir R$ 1,8 bilhão ao longo dos 31 anos da concessão para a operação e manutenção da via. O vencedor do certame será remunerado por um pagamento anual de contraprestação de serviços pelo estado e pelas receitas recebidas via pedágio. A supervisão ficará a cargo da Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp).
Leilão concorrido
Foram apresentadas quatro propostas no leilão pelo empreendimento. A vencedora apresentou deságio –desconto sobre o valor a ser pago pelo estado– de 100% pela contraprestação dos serviços públicos de operação, manutenção e realização dos investimentos necessários para a exploração do sistema rodoviário por 31 anos. O valor estipulado no edital era de R$ 51,4 milhões anuais.
No segundo critério de classificação, de desconto do aporte do Governo de São Paulo no empreendimento, foi oferecido desconto de 23,10%. O montante constante no certame era de R$ 1,4 bilhão.
