Cinco UTIs para covid estão lotadas em S. José; no HM (foto), a taxa de ocupação é de 88,2%. Foto / Claudio Vieira/PMSJC

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

DA REDAÇÃO

Mais 25 mortes em 72 horas e alta ocupação de leitos de UTI são números preocupantes no balanço da covid-19 em São José dos Campos divulgado na tarde desta segunda-feira (3) pela Prefeitura.

Ainda mais alarmante é a ocupação total dos leitos exclusivos para covid nas UTIs dos hospitais públicos e privados. Segundo o boletim, a taxa está em 82,5%, com cinco hospitais atingindo 100% ou mais e o Hospital Municipal com 88,2%.

Nas enfermarias, a situação é menos grave. Estão sendo usados 51,5% dos leitos totais das unidades públicas e privadas e 61,8% quando são considerados apenas os leitos do Hospital Municipal.

100% ou mais

Outros cinco hospitais do município, que contam com 38 leitos exclusivos de UTI, fazem parte da lista de nove unidades da região que estão com 100% ou mais de ocupação. A informação faz parte de relatório do Codivap (Associação de Municípios do Vale do Paraíba, Litoral Norte e Serra da Mantiqueira).

Os hospitais afetados são Pio XII, Policlin, Gacc e Antoninho da Rocha Marmo, todos com 100% dos leitos exclusivos de UTI ocupados. No caso da Santa Casa, a utilização atinge 137,5%, ou seja, todos os leitos exclusivos para covid foram tomados e estão sendo usados leitos que seriam destinados a outras doenças.

Os hospitais Vivalle, com 93%, e Regional, com 85%, também se encontram em situação difícil. O primeiro tem 43 leitos de UTI para covid e o segundo tem 80 leitos.

Restam duas unidades hospitalares na cidade onde o percentual está sob controle no momento. No Santos Dumont, com dez leitos de UTI para covid, a ocupação é de 60%, e no São José, com 14 leitos, 28,6% estão sendo usados para pacientes de covid.

25 mortes

Nas últimas 72 horas, entre os dias 28 de abril e esta segunda-feira (3), foram notificadas mais 25 mortes em São José dos Campos pelo novo coronavírus e suas complicações. Agora, o total de óbitos chega a 1.241.

Das 25 mortes, 18 ocorreram no Hospital Municipal, seis em hospitais privados e uma na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro do Putim, na região sudeste. Quanto à faixa etária das vítimas, seis tinham até 50 anos, duas entre 50 e 60, nove entre 60 e 70 e oito tinham mais de 70 anos.