Secretaria de Saúde da Prefeitura informa que esta é a época do ano mais indicada para vacinação; último caso no município ocorreu em 2019
DA REDAÇÃO
Esta é a época do ano mais indicada para vacinação contra a febre amarela. Segundo a Prefeitura de São José dos Campos informou nesta segunda-feira (11), a maior frequência de casos ocorre entre os meses de dezembro e maio, período com maior índice de chuvas, coincidindo com maior atividade agrícola e aumentando a proliferação do vetor.
A vacina é a principal forma de prevenção e controle da febre amarela. Desde 2019, quando foi confirmado um paciente contaminado fora de São José dos Campos, a cidade não registra febre amarela. Em 2018, houve 13 casos confirmados, sendo seis com contaminação no município.
Em 2024, o estado de São Paulo registrou uma morte pela doença, no mês de março, de um homem de 50 anos, morador de Águas de Lindóia. Outro paciente, de 28 anos, morador na zona rural de Serra Negra, também contraiu febre amarela, mas estava vacinado e se recuperou.
Vacinação
A vacina contra febre amarela faz parte do calendário nacional de imunização para crianças de 9 meses a 4 anos de idade. Atualmente a cobertura vacinal para esse público está em 85,49% em São José.
Adultos não vacinados que residem em áreas com recomendação da vacina –e pessoas que irão viajar para essas áreas– devem imunizar-se pelo menos 10 dias antes do deslocamento.
Desde abril de 2017, o Brasil adota o esquema vacinal de apenas uma dose durante toda a vida, medida que está de acordo com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em caso de dúvida, é importante procurar uma unidade de saúde. Os endereços e horários de funcionamento das unidades estão disponíveis para consulta no site da Prefeitura. A vacinação se encerra uma hora antes do fechamento da unidade.
O que é
A febre amarela é uma doença causada por vírus, transmitida ao macaco e ao homem pela picada de um mosquito. A infecção se dá por meio de mosquitos silvestres que vivem em zonas de mata e não habitam o ambiente urbano das cidades. Ou seja, macacos não transmitem febre amarela.
Existem dois tipos de febre amarela: a silvestre e a urbana. A diferença das duas é o mosquito que carrega o vírus e o transmite pela picada. Atualmente, no Brasil, só existe a febre amarela silvestre. O desafio é evitar que a doença se torne urbana eliminando criadouros do mosquito da dengue, pois ele também transmitir febre amarela caso se contamine com o vírus.
A doença é de notificação compulsória. Todos os casos suspeitos são investigados e têm exames realizados pelo Instituto Adolfo Lutz para confirmar ou descartar o diagnóstico. Na suspeita de um caso de febre amarela, o Centro de Controle de Zoonoses do município comparece ao local e faz ação de combate ao mosquito em um raio de 300 metros do local de infecção.
Os sintomas iniciais da febre amarela são: início súbito de febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza.
A maioria das pessoas melhora após os sintomas iniciais. No entanto, cerca de 15% apresentam um período de horas a um dia sem sintomas e então desenvolvem uma forma mais grave da doença. Nesses casos, podem desenvolver complicações como febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia (especialmente a partir do trato gastrointestinal) e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos.