Segundo a OMS, Brasil tem metade do total de casos de dengue no mundo; autoridades de saúde já alertaram para uma epidemia no país em 2024
DA REDAÇÃO*
O Ministério da Saúde informou na segunda-feira (15) que irá priorizar a faixa etária de 6 a 16 anos na aplicação da vacina contra a dengue. O país irá adquirir 5,2 milhões de doses da Qdenga, fabricada pelo laboratório japonês Takeda, além de receber doações. A quantidade irá possibilitar a vacinação de até 3 milhões de pessoas, já que o esquema vacinal prevê duas doses.
De acordo com o diretor do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Eder Gatti, a faixa de 6 a 16 anos é preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e recomendada pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização, composta por especialistas na área e que se reuniu na segunda-feira.
“Dentro desse grupo [6 a 16 anos], vamos ver qual é o melhor grupo etário para ter melhor resultado epidemiológico, evitando hospitalizações e mortes”, explicou o diretor. A definição sobre o público-alvo, bem como as localidades prioritárias, será feita em conjunto com estados e municípios, em reunião marcada para a última quinta-feira deste mês.
Gatti confirmou que a previsão é iniciar a vacinação em fevereiro. No dia 21 de dezembro, o Ministério da Saúde anunciou a incorporação da vacina ao Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo o governo federal, o Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante em sistema público e universal.
O imunizante Qdenga tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e é indicado para prevenção de dengue em pessoas de 4 a 60 anos de idade, independentemente de terem tido ou não a doença previamente.
O Brasil bateu recorde de mortes por dengue em 2023. Foram 1.079 casos até o dia 27 de dezembro. De acordo com a OMS, o país tem o maior número de casos da doença no mundo, respondendo por metade do total global. Autoridades de saúde já alertaram para uma epidemia de dengue no Brasil em 2024.
*Com informações da Agência Brasil.