Reunião na Câmara com o vereador Petiti (ao centro), aborda problema que afeta a Vila Ema há cerca de quatro anos. Foto / SuperBairro

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

Fernando Petiti anunciou que irá enviar requerimentos à Prefeitura propondo as primeiras medidas para atacar os problemas de perturbação do sossego em área do bairro que concentra bares e adegas

 

DA REDAÇÃO

Após organizar reunião com o comando da Polícia Militar e moradores da Vila Ema, na quarta-feira (26), o vereador Fernando Petiti (PSDB) afirmou que irá apresentar requerimentos à Prefeitura pedindo providências para combater a perturbação do sossego público em uma área do bairro que concentra bares e adegas.

A reunião teve a presença do tenente-coronel Alain Kalczuk, comandante do 1º Batalhão da PM na cidade, e o capitão Evandro, comandante da 2ª Companhia, que responde pelas regiões central e oeste. Também participaram síndicos de condomínios afetados pela perturbação do sossego, moradores e comerciantes do bairro.

Os moradores da área onde se concentram dois bares e duas adegas têm sofrido, nos últimos quatro anos, com problemas como som alto, concentração de pessoas bebendo na rua, obstrução das calçadas por mesas e frequentadores, além de automóveis e motos trafegando em alta velocidade, realizando rachas e com escapamentos modificados.

Requerimentos

Segundo Petiti, a região desses bares tem apresentado um estado caótico, com a concentração de um público muito grande e, por isso, a situação foge do controle. “Vamos ver um pouco de tudo para equilibrar essa situação, afinal já tivemos os mesmos problemas em outras regiões da cidade e em algumas eles já foram solucionados, como na avenida Anchieta e no Urbanova”, afirmou.

As primeiras medidas que o vereador deve transformar em requerimentos à Prefeitura são a instalação de uma travessia para pedestres na avenida, com pequena elevação para obrigar a redução da velocidade. Ele também irá solicitar a mudança da localização do radar de velocidade existente atualmente na avenida para o final da subida da rua Francisco Ricci, que os moradores presentes identificaram como onde os veículos passam com mais velocidade.

“A Prefeitura também pode mexer nos horários de funcionamento dos estabelecimentos, assim como o policiamento pode ampliar as blitze”, defendeu Petiti. “Não se trata de uma lei ‘fecha-bar’, mas ajustes em que todos ganham, moradores e comerciantes”, explicou.

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PM aponta soluções

O tenente-coronel Kalczuk, disse durante a reunião que a PM tem realizado um trabalho em conjunto com a Secretaria de Mobilidade Urbana e a Fiscalização de Posturas da Prefeitura. Observou que as adegas precisam fechar às 22h, de acordo com a legislação, porém alguns estabelecimentos definidos como bares possuem permissão para funcionamento com horário mais estendido.

“No entanto, a Prefeitura tem a capacidade de restringir/diminuir o horário de funcionamento desses bares, caso o estabelecimento gere problemas à vizinhança”, disse Kalczuk, informando que a PM irá enviar documentação relatando os problemas para que a Prefeitura possa restringir o horário de funcionamento, assim como já foi feito em outros comércios.

O comandante também informou que policiais militares que atuam na Atividade Delegada, principalmente em operações na área de perturbação de sossego, foram treinados após convênio com a Prefeitura e agora têm autonomia para realizar autuações e notificações nesses estabelecimentos. “A intenção da PM é atuar para resolver o problema em definitivo”, garantiu, citando exemplos de outros locais da cidade em que a situação foi resolvida.

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Excesso de barulho

Um dos moradores presentes à reunião, Alessandra Carvalho, que é síndica de um dos condomínios da região afetada pelos problemas, afirmou que a insatisfação dos moradores é crescente, pois muitos não conseguem dormir devido ao barulho excessivo. Ela observou que outros comércios na região também propiciam a aglomeração de pessoas, gerando preocupação devido à presença de usuários de drogas e a ocorrência de assaltos.

Alessandra ressaltou que, para ela, o maior problema existente hoje no local é o excesso de velocidade na avenida, os rachas e o som alto, uma vez que “eles param os carros, ligam o som e não atendem aos pedidos dos moradores para diminuir o barulho”.

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