Neste local, em dezembro de 1949, o padre Rodolfo morreu de tuberculose. Foto / PMSJC

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

O memorial vai guardar as relíquias e objetos de uso pessoal no mesmo quarto em que o padre morreu, em 1949

 

DA REDAÇÃO

O quarto onde o padre Rodolfo ficou internado e morreu, vitimado pela tuberculose, foi reaberto nessa segunda-feira (11) e poderá ser visitado a partir desta terça (12). O espaço, situado em um dos pavilhões do sanatório Vicentina Aranha, foi transformado no Memorial do Padre Rodolfo Komorek e vai guardar as relíquias do “Padre Santo”, como ele ficou conhecido, além de objetos de uso pessoal.

O padre Rodolfo morreu no mesmo aposento no dia 11 de dezembro de 1949. Desde então, o local passou a ser visitado por peregrinos, sendo fechado com o encerramento das atividades do sanatório. A solenidade faz parte das comemorações dos 80 anos da chegada do padre Rodolfo a São José dos Campos.

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Após o descerramento da placa comemorativa, o padre Carlos Galhardo se encarregou da benção e o padre Mauricio Tadeu Miranda depositou as relíquias no interior do memorial. A solenidade foi acompanhada de apresentações do quarteto de cordas Luzes da Ribalta.

Durante o evento, a paróquia Sagrada Família, da Vila Ema (região central), lançou uma nova edição da biografia “Rodolfo Komorek: o Padre Santo”. Também foi realizado um “bate-papo” sobre sua vida e obra, com a participação do antropólogo Hugo Ricardo Soares, do padre Maurício Tadeu Miranda –pároco da Sagrada Família–, do secretário da vice-postulação da Causa do Padre Rodolfo, Rômulo Paula, e do diretor-executivo da Afac (Organização Social de Cultura), Aldo Zonzini Filho.

O evento foi uma realização da Afac, entidade gestora do parque Vicentina Aranha, e da paróquia Sagrada Família.

O local poderá ser visitado pelo público a partir desta terça-feira. Foto / Adenir Britto/PMSJC

Beatificação

Rômulo Paula falou sobre o processo da causa de beatificação do padre Rodolfo, aberto em 1964. “Pelo menos 12 mil graças já foram alcançadas, mas a Santa Sé exige algumas regras. A maioria das pessoas não se preocupou em guardar toda a documentação exigida para comprovar um milagre e isso atrasa um pouco o processo. Mas hoje temos milagres que estão em estudo e análise”, explicou.

Hugo Ricardo Soares é o autor do livro “Do Cemitério ao Altar – Um estudo sobre a devoção e o processo canônico do Padre Rodolfo Komórek’, lançado pelo Museu do Folclore de São José dos Campos em julho deste ano. “Aprendi a admirar a figura do padre Rodolfo. Nesse tempo de pandemia, fico me perguntando onde ele estaria hoje e, certamente, ele estaria ao lado dos doentes”, comentou.

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Serviço

O quê? –Memorial do Padre Rodolfo Komorek

Onde? – Parque Vicentina Aranha – rua Prudente Meireles de Moraes, 302 – Vila Adyana (região central)

Quando? – Aberto diariamente, a partir de 12 de outubro, das 9h às 19h. Até o final deste mês, um monitor designado pela paróquia Sagrada Família apresentará o memorial aos visitantes aos sábados e domingos

Informações – (12) 3341-5696.